A paciência na medida certa ajuda a pessoa: a se posicionar de um jeito melhor e assim ser respeitada; ter uma boa relação com amigos, colegas e familiares; ter calma para resolver os problemas, encontrando as melhores soluções. Mas nem sempre é fácil manter a calma. Qualquer um pode perder a paciência, todos têm o seu “ponto fraco”, as suas feridas emocionais ou os seus próprios limites. Não há nada de anormal nisso. O grande problema é quando a pessoa costuma perder a paciência com freqüência, tendo reações desproporcionais, explodindo ou ficando emburrada com coisas que “não tem motivo e nem era para tanto”, gerando prejuízos na sua vida pessoal ou profissional. Nesses casos é importante a pessoa reavaliar como encara as coisas da sua vida, como olha e reage aos seus problemas.
Quando a pessoa se descontrola, ela perde a razão, fala o que não deve ou não queria, colocando-se numa posição difícil. A pessoa precisa prestar atenção quais são os gatilhos que a fazem perder a paciência. Por exemplo:
- A situação a fez sentir insegura, cobrada, inferiorizada, desvalorizada, … e como forma de se proteger e lidar com a situação, ela reagiu agressivamente (isso pode ter relação com a sua criação. Por exemplo: quando era criança via os pais brigando e gritando quando tentavam “resolver” os problemas. Assim ela pode reproduzir os mesmos comportamentos que os pais quando adulta).
Primeiro é importante perceber qual é a causa e a fonte da sua intolerância, para assim desenvolver ferramentas para administrar as emoções (ansiedade, angustia, irritação, tristeza, ….) que podem tirar a sua paciência e o seu equilíbrio.
A paciência é uma qualidade que se aprende, desenvolve e treina com o tempo.
Dicas e ferramentas para desenvolver a paciência:
- Reconheça e admita quando perdeu a paciência e extrapolou. Tente aprender com o que aconteceu para não se repetir no futuro. Perceba as suas vulnerabilidades, os seus “pontos fracos” e entenda como lidar com eles.
- Respire fundo quando perceber que está prestes a perder a paciência, oxigene o seu cérebro. Você também pode fazer meditação.
- Respeite o seu nível de tolerância. Dê “um tempo” quando perceber que está começando a ficar irritado. Afaste-se da situação, vá para um lugar que te traga tranquilidade, faça uma lista daquilo que está pensando e avalie com calma. Retome a questão em outro momento, quando estiver mais tranquilo, mais consciente sobre as suas emoções e os seus comportamentos.
- Diga “não” (sem precisar brigar) para aquilo te faz mal e que te sobrecarrega. Estabeleça os seus limites.
- Pense antes de falar e agir.
- Não tire as suas conclusões antes do tempo. Controle a sua impulsividade. Quando estiver conversando, não interrompa a pessoa que está falando. Escute. Tente entender o que ela diz, tenha empatia e se coloque no lugar dela.
- Abra mão do controle e não se sobrecarregue, comece a deixar os outros assumirem responsabilidades. As coisas não precisam ser do seu jeito, as pessoas podem pensar e ter ritmos diferentes do seu.
- Não fique remoendo os problemas. O que ficou lá atrás, ficou, não adianta, não dá p/ voltar. Olhe o “daqui p/ frente”, o que dá para ser feito.
- Cuide de seus pensamentos, não interprete de forma negativa as situações antes de entender o que está acontecendo. Foque naquilo que pode te ajudar a resolver o problema, foque na solução.
- Tenha tempo para você, faça atividades (saudáveis) e se divirta, relaxe! Sinta prazer na sua vida. Isso te ajudará a ter mais calma na hora de lidar com situações turbulentas.
A paciência dependerá de várias coisas, como por exemplo: a fase que a pessoa está vivendo, a sua personalidade, história de vida, … É indicado o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa percebe que está perdendo o controle e a paciência.
Gostei. O q vc escreveu