“Eu quero casar, mas ele (a) só quer união estável, e agora?” / Formas de chegar a um acordo


O casamento pode ser um ritual muito significativo para alguns, e para outros não. O problema acontece quando o casal não chega a um acordo. Às vezes um quer casar e o outro quer união estável. Um pode ficar inseguro e o outro irritado. Nesse momento podem ocorrer muitas brigas e desentendimentos.

O assunto costuma se tornar muito delicado e os dois podem se distanciar, não conseguindo dizer um ao outro as suas “razões” de querer ou não realizar o casamento. Por isso é muito importante refletir:

  • O que espero dessa união? Qual a minha motivação para estar com essa pessoa? Existe planos para o futuro? Qual é o meu comprometimento com essa relação? E como eu percebo o comprometimento do meu namorado (a)?
  • O que o casamento ou união estável representam para mim?
  • Aquele que quer casar pode refletir também: Quais os benefícios que acredito que o casamento poderá me proporcionar?

Com essas reflexões, cada um poderá ter maior clareza sobre as suas escolhas e os seus sentimentos. O que é possível ou não negociar. A partir disso poderão conversar de forma mais consciente, sem se atacarem, sendo franco com o parceiro, dizendo de forma clara e objetiva o que gera desconforto, o que espera dessa relação e o que o casamento ou união estável representam para cada um. É preciso que comuniquem as próprias necessidades, mas também é fundamental que escutem e tentem compreender as necessidades e razões do parceiro

Não é interessante que essa conversa seja muito esmiuçada, cheia de argumentos, como se fosse uma disputa de quem está certo ou errado, de quem tem mais ou menos razão. O objetivo é que o casal tenha abertura para o entendimento. A empatia (se colocar no lugar do outro) é necessária para saberem o que é possível. Os combinados devem respeitar os limites do que cada um pode ceder e oferecer. Dessa forma, o casal poderá concluir se esse “dar e receber” serão o bastante para os dois. Essas considerações criam a oportunidade para chegarem a um acordo.

As pessoas podem mudar de ideia, as decisões não são fixas e nem determinantes para a vida toda. Podem surgir novos desejos e interesses, e assim, novos desafios. Por isso os combinados devem ser renovados a cada etapa da vida.

Não será o casamento ou a união estável que irá quantificar o grau de comprometimento entre o casal. Eles não garante o futuro feliz. O que fará grande diferença para o “sucesso” da relação será a cumplicidade entre o casal, a tentativa de entender as emoções e necessidades de cada um, a “boa” comunicação em momentos de discórdia. 

Quando o casal passa a ter conflitos e sofrimento por não conseguirem “resolver” a questão, é indicado o acompanhamento com o psicólogo.

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