Guardar objetos – valor sentimental / Quando se torna problema?


Às vezes a pessoa guarda coisas porque tem algum valor sentimental sobre aquele objeto. Por exemplo, sente que o objeto:

  • Manterá viva as recordações de um momento importante de sua vida;
  • Será útilalgum dia;
  • Passa sensação de segurança e felicidade, preenchendo o vazio dentro de si

Não tem nada de mal guardar uma ou outra coisa como lembrança, mas pode ser sinal de transtorno emocional quando sente que aquele objeto é essencial para a sua sobrevivência, perdendo o controle de seus pensamentos, escolhas e comportamentos porque não consegue relaxar e ficar tranquilo se não tiver o objeto para si.
A pessoa fica refém quando pensa que necessita desses objetos para sentir alívio, prazer ou felicidade. Quanto mais ela acumula objetos, mais frágil e vulnerável ela fica, maior fica a sua dependência por eles, aumentando a sua sensação de vazio e angústias. Normalmente, tudo isso está relacionado a tentativa frustrada de lidar com as suas insatisfações e conflitos emocionais, tentando anestesiar os sentimentos dolorosos. Mas os objetos nunca serão o suficiente para melhorar ou preencher a vida de uma pessoa.
A pessoa precisa entender que esses objetos não têm poder sobre ela, é ela quem dá poder aos objetos. Eles não vão trazer segurança, não vão tornar a sua vida mais interessante ou feliz. É preciso olhar para dentro de si para se conhecer melhor e se dar oportunidade de enfrentar as dores emocionais. Dessa forma poderá achar as respostas para enfrentar essa compulsão.
Reflita sobre o comportamento de guardar os objetos (sendo o mais honesta possível):

  • Isso tem atrapalhado a minha vida?O que acho que pode acontecer se eu me livrar desses objetos?
  • Por que esses objetos são tão importantes para mim? O que eles representam e me fazem lembrar?
  • Qual momento da minha vida eu senti que comecei a acumular mais coisas e perder o controle? Aconteceu algo que me deixou muito triste, ansioso ou estressado?

É comum a pessoa que acumula objetos ter dificuldade em lidar com perdas, frustrações e separações.
Quando a pessoa tem grande dificuldade em se desfazer dos objetos significa que ela precisa de apoio e paciência daqueles que estão próximos. Ela também precisará de avaliação com o psiquiatra e acompanhamento com o psicólogo. Esses profissionais poderão ajudá-la a se organizar emocionalmente, e consequentemente ela poderá se organizar com os seus objetos e com a sua casa.

2 Comentários

  1. vini FL disse:

    VINICIUS ALVES: mas eu não
    entendo, o porque quando você vai guardar uma coisa sei lá um caderno aonde você estava na quinta série da escola e naqueda série foi muito especial pra você, e você muda de escola, e não ver mais seus amigos ou colegas aqueles que foram, super especial pra você, e dai o jeito mais especifico de lembrar do seu professor, colegas, amigos ou até somente de uma pessoa a única que de ajudou a série toda, guardando um objeto ao futuro quando você estiver grande, vai querer ver, vai querer lembrar de coisas boas naquela série que você estava, mas o objeto não está lá, porque naquela época, quando você guardou, uma pessoa que convive ou convivia ou amigo, falou que não tem nessesidade você guarda isso, essas fotografias do passado, que não te nessesidade você guarda esses cadernos escolar, pra ver como éra minha letra que tipo de matéria você fazia etc, e você falava que éramos lembranças que um dia você possa esquecer e lembra é tão bom isso, mas a pessoa insiste pra tirar essas coisas por esta ocupando o local do ambiente, e que você nem vai utilizar, daí seu comportamento fica insano e infelizmente você joga fora, o objeto que você queria guarda pra lembranças. EU QUERIA SABER PORQUE ESSAS PESSOAS FALAM PRA GENTE JOGA FORA O OBJETO ESPECIAL, o que ela tem nesse caso?

  2. ST disse:

    Não gosto dessa cultura de imposição de desapego. Há coisas que fazem parte da nossa história, nos trazem boas lembranças e acalentam nossa alma. Se há espaço e disposição suficiente para mantê-las, não vejo motivos para desfazer. Com equilíbrio, sem acumulação, não há nada demais em manter objetos de valor sentimental. Muito chato essa obrigação inventada de “ter que” se livrar de tudo.

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