O que é ofensivo para um, pode não ser para o outro / Pessoa sincera ou grosseira


Cada pessoa tem a sua opinião, a sua forma de pensar e agir. O que é “nada de mais” para um, pode não ser para o outro. Por exemplo, uma piadinha ou uma “verdade” pode ser ofensiva para algumas pessoas, e para outras não. Tudo depende de quem fala e de quem escuta.

  • Quem fala precisa pensar sobre:

*Qual a sua intenção e objetivo? Tem utilidade o que você fala? O que o outro vai ganhar com essa informação? Você tem intimidade para falar sobre determinados assuntos com essa pessoa? Quando você está dentro de uma discussão você consegue se manter calmo, sem alterar a voz? Será que você é provocativo ao fazer suas observações?

Existe diferença entre críticas construtivas e críticas destrutivas, entre a sinceridade assertiva (argumentos e informações ditas de forma elegante e educada, positivas para outra pessoa) e a agressividade (“sem noção”, desqualificando ou denegrindo a imagem de quem escuta, expondo-a na frente dos outros).

É importante entender que cada um tem a sua história de vida, a sua personalidade, as suas dores. Algumas opiniões podem magoar facilmente, não porque a pessoa é frágil, mas sim porque o assunto é delicado para ela, pois ainda é uma questão mal resolvida e atinge as suas feridas emocionais. Por esse motivo é necessário avaliar o perfil da pessoa, se ela está preparada para algumas “verdades”.

  • Quem escuta precisa pensar sobre:

*Como está o seu emocional? Você costuma ser sensível às críticas? Consegue estabelecer limites e dizer “não” para aquilo que te prejudica ou machuca? Ou tenta agradar os outros, aceitando situações desagradáveis? Você diz com todas as palavras o que não quer que se repita, ou espera que a pessoa entenda os seus sinais e indiretas?

Todos nós temos os nossos “pontos fracos”, aquilo que nos deixa mais emotivos ou mais irritados. Por isso é fundamental o conhecimento sobre as próprias emoções, analisando e identificando aquilo que machuca e é difícil de encarar. Em situações que geram tristeza ou chateação, é interessante se questionar:

  • Será que eu deveria ter ficado muito chateado?
  • Lembrei de alguma situação ou de alguém que me maltratava?
  • Fiquei triste porque ainda tenho dificuldade para superar algo do meu passado que não “cicatrizou” (inseguranças, falta de autoconfiança)?

Algumas críticas ajudam a pessoa a aprender e amadurecer, outras servem apenas para ofender e agredir. É necessário filtrar o que escuta, avaliando o que é bom (vale a pena escutar) e aquilo que é negativo (melhor ignorar). Evite se contagiar pelo azedume ou “maldade” do outro. Defina limites, seja firme, diga que não gostou do que o outro falou e não quer que se repita, ou simplesmente se afaste da pessoa desagradável.

É indicado o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa tem dificuldade de conversar sem atacar e ser desagradável, ou quando não consegue estabelecer limites com aquele que a agride.

2 Comentários

  1. Mme. Marques disse:

    Olá. Descobri seu site através do blog Vida Organizada. Estou adorando! nao vou comentar a cada post, mas saiba que estou lendo tudo 😉 Obrigada por dividir conosco sua experiência

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