Controlar a impulsividade pode ser difícil para alguns. Muitas vezes a pessoa é tomada pela raiva ou ansiedade e perde a sua razão. Quando “vê”, ela já está falando o que não deve, reagindo a uma situação de forma negativa, ou fazendo escolhas que não serão boas. Depois de ser impulsiva, ela se sente desconfortável, às vezes culpada e com a autoconfiança abalada. Mas esses sentimentos não são de grande ajuda, é necessário aprender e reconhecer as emoções para saber administrá-las, e assim poder dominar a impulsividade numa próxima vez.
É possível a pessoa aprender e melhorar depois de agir de forma impulsiva, mas para isso é necessário encarar o que ocorreu de forma construtiva. Perceba a diferença:
- Destrutiva: A pessoa ignora o seu comportamento impulsivo negativo achando que não fez nada de errado ou então se menospreza (dizendo que é burra, que nunca vai melhorar, …), rejeita-se e consequentemente se distanciando de si mesma, dos seus sentimentos e dores emocionais. Não assumir responsabilidades pelos atos ou desacreditar em si mesma faz com que a pessoa corra riscos de perder o controle novamente em pouco tempo.
- Construtiva: A pessoa aprende quando assume a responsabilidade pelos seus erros e suas ações. Ela avalia o acontecimento, entendendo o que desencadeou o seu comportamento impulsivo negativo, aumentando o seu autoconhecimento e consequentemente o seu autocontrole. Busca superar os seus conflitos emocionais, seleciona melhor aquilo que é bom para ela, estabelecendo limites com as pessoas e atividades que a desgastam, afastando-se daquilo que a gera desequilíbrio, ansiedade ou irritação. Também fica atenta para se controlar, treinando a mente para agir de forma mais assertiva. Dessa forma, passa a ser protagonista das suas escolhas e comportamentos.
Para conseguir maior autocontrole é importante refletir:
- Quais são as situações que geram mais estresse ou irritação? Tente lembrar os momentos que você foi impulsivo, identifique o que tem em comum nessas ocasiões, como você interpretou a situação e como se sentiu (pressão, sentimento de rejeição e julgamento, falta de reconhecimento, insegurança, sensação de solidão, injustiçado, te lembrou de alguma situação que ainda não superou / trauma, …)?
- O que será que você precisa trabalhar emocionalmente para que essas situações não “tomem” conta de você novamente? O que você precisa desenvolver para se sentir mais no controle sobre si mesmo? Os seus pensamentos tem te ajudado ou atrapalhado?
- Será que você tem feridas do passado que te geram descontrole ainda hoje? Você perde o controle porque tem pontos sensíveis que se forem tocados, você “explode”?
Dicas:
- Quando a situação está gerando tensão e raiva, afaste-se e vá para um local tranqüilo para pensar (caso não possa sair do local, uma possibilidade é ir ao banheiro). Respire fundo e avalie o acontecimento.
- Caso seja possível, não reaja à situação logo depois do ocorrido. Deixe passar algumas horas ou deixe para resolver no dia seguinte. Escreva no papel sobre os seus sentimentos e aquilo que está pensando sobre a situação, avaliando quais as decisões e posturas melhores a serem tomadas. Ao final, reavalie e veja se o que escreveu é realmente coerente e bom para você. Ou seja, pense antes de tomar uma decisão ou ter uma atitude, respondendo essas perguntas: Qual a melhor atitude que devo tomar nessa situação? Qual é a minha intenção ao falar ou agir dessa forma? Qual será a conseqüência ter essa conduta, o que vai acontecer comigo se eu fizer isso? Isso será bom e saudável para mim a longo prazo?
Muitas vezes a pessoa não aprendeu a lidar com frustrações, sendo muito reativa as situações. Também há casos de pessoas com transtornos mentais que apresentam sintomas como irritabilidade e impulsividade. É indicado a avaliação e acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa apresenta frequentemente dificuldade de controlar os seus impulsos.
0 Comentários