Riscos quando um filho se sente o preferido e o outro sente o excluído / Dicas para não gerar competição e mágoas nos filhos


É natural em certos momentos que o pai ou a mãe se sintam mais envolvido com um dos seus filhos (o que não significa que ama mais esse filho do que os outros). Isso pode acontecer por várias questões. Por exemplo, porque acredita que um filho:

  • Precise mais de cuidados, é mais frágil, apresenta dificuldades ou problemas de saúde.
  • Tem mais afinidade, tem gostos parecidos (com pai ou mãe).
  • É mais carinhoso e afetuoso.
  • Tem qualidades que se orgulha e admira.

Essa situação pode se tornar grande problema quando os filhos percebem essa diferença na relação entre os pais e os seus irmãos, acreditando que:

  • Sendo o filho que se sente preferido: acha que é o grande responsável pela felicidade dos pais, buscando corresponder aos pedidos deles, ficando “sufocado”, assumindo muitas responsabilidades,cobrando-se ser “perfeito”. Em outros casos, quer sempre ser o “centro das atenções”, sendo suas vontades “sempre” atendidas, apresentando comportamentos manipuladores, problemas nos relacionamentos, não obedecendo regras e limites.
  • Sendo o filho que se sente “esquecido”: acredita que não é merecedor de amor, sente-se rejeitado, ficando inseguro e com a autoestima baixa. Constantemente tenta agradar os outros para receber aprovação, tendo dificuldade de dizer “não” e estabelecer limites. Também pode se tornar amargurado e agressivo.

Para evitar emoções negativas nos filhos é importante os pais educarem todos os filhos dentro normas justas, explicando as regras, respeitando a necessidade, idade e personalidade de cada filho. Exemplos:

  • Se a regra for “ninguém pode comer no sofá”, então ninguém poderá fazer refeições no sofá.
  • Os pais poderão permitir que o filho de 17 anos saia para uma festa e chegue mais tarde que o filho de 12 anos.
  • O filho doente precisará de mais cuidados que o filho saudável.

É importante ter um tempo com cada filho. Para que esse momento juntos seja agradável e marcante, é interessante conversar com o filho, escutando e levando em consideração as necessidades e interesses dele. Isso ajudará a fortalecer o vínculo e intimidade entre pai e filho / mãe e filho.

Muitas vezes, as pessoas acreditam que os pais precisam dar tratamentos iguais aos filhos. Mas se os filhos são diferentes, como é possível tratá-los como iguais? Cada indivíduo é único, e assim também é com os filhos. Cada filho precisa ser tratado como “único”, sem comparações com os irmãos. Suas características individuais devem ser reconhecidas, respeitadas e valorizadas pelos pais. Dessa forma, os filhos não sentirão que precisam competir entre eles, pois entenderão que cada um tem suas particularidades e suas qualidades, cada um tem o seu tempo com o pai e com a mãe, sentindo-se amados, podendo aceitar e conviver com as habilidades e virtudes do irmão, sem se sentir ameaçado.

Quando existe conflito dos pais para encontrarem o equilíbrio para essa atenção e trocas com os filhos, é indicado o acompanhamento com o psicólogo (tanto para os pais quanto para os filhos)

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