Saudade / Como lidar com esse sentimento?


A saudade é um sentimento comum, todos sentem. Cada pessoa sentirá de uma forma, sendo influenciada por sua lembrança e estrutura emocional.

Por exemplo:

  • Grupos de amigos – Sentir mais seguro, porque tinham pessoas ao seu lado.
  • Os pais assumiam as responsabilidades quando mais jovem – Menos responsabilidade, e mais tempo para si.
  • Quando criança recebia constantes elogios – Sentia-se valorizada através do olhar do outro. Quando não teve mais esse olhar, sentiu sua autoconfiança abalada.

Muitas vezes a pessoa tem saudade não só do outro, mas do que ela era ao lado do outro (sentia completa, mais confiante, segura, …). Mas estar longe do outro dá a oportunidade para se “reconstruir”, reafirmar sua personalidade, refletir sobre “quem eu sou” e aquilo que “eu quero”.

            É comum idealizar “um passado” que talvez nem existiu. A maturidade emocional e o grau do autoconhecimento vão influenciar a forma que a pessoa “conduz” sua saudade:

  • Positiva – a pessoa se lembra dos bons momentos, fortalecendo-se emocionalmente e se motivando para novos desafios e conquistas.
  • Negativa – fica presa ao passado, paralisada, não conseguindo viver o presente, ficando sem objetivos. Acredita que não conseguirá ser feliz como era no passado. Esta percepção prejudica sua vida social e profissional.

A forma que a pessoa encara a saudades tem relação  com a forma que ela lida com perda e com a ausência dos outros. As perdas fazem parte da vida, todos precisam aprender a lidar com isso. Alguns têm mais dificuldades em se adaptar e aceitar a nova realidade e rotina,  a lidar com a própria solidão e carência (principalmente os que têm baixa autoestima,  insegurança, sensação de ser rejeitado,  carentes).

Alguns falam “sinto saudade de coisas que nem vivi”. Essa sensação é gerada quando a pessoa cria expectativas sobre o seu futuro: de quanto ela ganharia no trabalho, de como seria seus relacionamentos e sua vida… A frustração de não realizar os desejos, de a vida não estar da forma que imaginou. Expectativa frustrada sobre a própria vida, pois não saiu do jeito que gostaria.

É natural ficar triste em alguns momentos, mas quando a pessoa tem choro frequente, sentindo-se isolada e frustrada, deixando de realizar atividades prazerosas, é necessário o acompanhamento psicológico.

Saudades negativa pode ser sinal de que algo está mal resolvido ( emoções, passado). Por isso é importante refletir qual o real significado da “sua” saudade.

Dicas para lidar / superar a saudade:

 – Reinventar-se, reconhecer-se nessa nova fase da vida. Voltar a ser feliz, escrevendo novo capítulo de sua vida

Valorizar-se, reconhecendo o seu potencial ou habilidade

Encarar feridas emocionais e os próprios sentimentos

Buscar fontes de prazer de forma saudável, ética e plena

Criar novos desejos e metas para o futuro

Cultivar relações (amigos, namorados / casados, família) com qualidade

O segredo é aprender e conviver com a saudade.

3 Comentários

  1. Rosângela disse:

    Saudade doi muito, muito……na verdade esta doendo mas sei que preciso erguer a cabeça, mesmo sozinha preciso erguer a cabeça e começar do zero……mas esta muito dificíl…….

  2. Thalia disse:

    A saudade realmente dói muito sinto muita falta de um ex amor não deu certo mais nunca colocamos um ponto final,ainda mexe muito comigo ,sinto que não consigo viver o presente ,porém tento seguir a vida mas e bem difícil.

  3. Fred disse:

    A saudade que eu sinto é de algo que eu não vivi, irreal: a esperança, o sonho, as noites imaginando o amanhã, a saudade do filme que eu vivi, no qual eu imergi, quero entrar dentro da música da Debbie Gibson, quero ser a música de novo, eu estava lá… o cenário, a escola, as turmas das quais eu não fui parte, os bate-papos sobre coisas interessantes que eu não me interessava, a delicadeza da pele de de quem eu nunca toquei… Os corações sem ódio. Quero planejar como vou me comportar amanhã, pra estar com aquela que vai me fazer feliz, que vai me deixar fazê-la feliz. Quero olhar os cabelos, cheios de volume, das meninas de 1985, com suas tiaras e a meiguice que não existe mais. Quero me divertir e rir de um jeito espontâneo, sem medo. Jogar futebol mesmo sendo um “pereba”, fazer os amigos que eu não fiz, valorizar quem tinha valor, juntar os jovens pra ver a fita alugada na videolocadora, no meio da semana, à tarde, ver a sessão da tarde, e nunca me aproximar de quem me fez sofrer.
    O elástico que me prende ao passado se esticou. Não consigo mais avançar. Queria voltar e fazer tudo diferente… Não aguento mais chorar.

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